GTA 6: CEO da Take-Two explica por que a IA não consegue criar um jogo da série

O surgimento da inteligência artificial (IA) está mudando rapidamente o cenário do entretenimento digital, mas alguns ícones como Grand Theft Auto (GTA) parecem estar resistindo à tendência. Com revelações recentes sobre IA no desenvolvimento de videogames, o CEO da Take-Two, Strauss Zelnick, enfatiza a importância da originalidade na criação de jogos, dizendo que a IA não pode substituir a criatividade humana. Neste artigo, exploramos as implicações dessas declarações e os planos futuros para a franquia GTA.

IA: uma ferramenta, não um criador

Há vários anos que a IA inunda a Internet, não só através de textos, mas também de vídeos gerados automaticamente, apelidados de “AI slop”. Neste contexto, empresas de jogos como a Sony estão experimentando protótipos de personagens alimentados por IA. Ainda assim, Zelnick esclareceu que jogos como GTA não serão moldados por estas tecnologias.

A originalidade é essencial segundo Zelnick. Atualmente, a IA depende de dados pré-existentes e não pode oferecer a criatividade necessária para desenvolver algo verdadeiramente novo. Suas palavras evocam uma profunda desconfiança na ideia de que sucessos possam surgir de um processo criativo guiado pela IA.

A visão criativa da Take-Two

Zelnick mostra determinação em preservar a singularidade das criações da Take-Two. Ao contrário de Hollywood, que muitas vezes aproveita conceitos existentes para atrair público, ele diz que a sua equipa se esforça para criar novas experiências. Este desejo de novidade é visto como uma força motriz no desenvolvimento de jogos envolventes.

“O grande sucesso vem da inovação”, diz ele. Sua crença é que o processo criativo requer “criar algo do nada”, uma tarefa que a IA, ele acredita, não pode realizar.

O tão aguardado lançamento de GTA 6

Por outro lado, a expectativa em torno do lançamento do GTA 6 está no auge. Prevista para 26 de maio de 2026, esta nova obra marcará quase 13 anos após o lançamento de GTA 5, lançado em setembro de 2013. Zelnick confirmou que o jogo estará disponível primeiro apenas nos consoles de nova geração, PS5 e Xbox Series X/S, antes de chegar ao PC, como foi o caso dos jogos anteriores da série.

Esta estratégia de lançamento reflete não apenas os esforços da Take-Two para abraçar o futuro, mas também a sua intenção de manter o futuro da franquia ancorado numa visão criativa única e humana.

Conclusão

À medida que a IA continua a transformar vários setores, a indústria dos videojogos, e em particular a franquia Grand Theft Auto, parece querer afastar-se dela. Strauss Zelnick nos lembra que a criatividade humana permanece no centro do processo de design de jogos. Nesta corrida pela inovação, a originalidade tem precedência, garantindo que a experiência do jogador permanece incomparável. Os fãs de GTA podem, portanto, esperar um jogo que, apesar dos avanços tecnológicos, dependerá sobretudo de uma abordagem artística profundamente humana.

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